Em situações de relacionamento com a imprensa e a mídia, entrega de prêmios e apresentação de produtos e serviços para o público consumidor, esses gestores precisam estar preparados para expor suas ideias de maneira correta. Para tal, existe um treinamento específico para se postar da melhor forma perante a sociedade: o Media Training.
Por meio de simulações de situações como entrevistas e apresentações em público, Media training ajuda a evitar enganos, distorções, omissões, aumenta a capacidade para a conquista de credibilidade, imagem e reputação necessária para toda e qualquer organização ou pessoa pública.

1) O que é que eu vou fazer?
Saiba os reais motivos do porquê você estará em um lugar. Assim, você já começa ganhando. A entrevista é unicamente técnica? É uma forma de divulgar seu trabalho? Você está lá em resposta a algo ou alguém? Que diferença você fará na vida dos espectadores ao conceder esta entrevista?
Isso tudo ajuda a obter segurança, induzir previamente o que você poderá abordar durante a fala, e principalmente dar o tom da conversa. Ajuda também o assessor de imprensa a preparar um material mais “humano”.
2) Quais assuntos possivelmente serão abordados e qual o posicionamento acerca destes?
Prevenir é sempre melhor que remediar. Este tópico diz respeito à famosa PAUTA da entrevista e sua construção.
Ter um jornalista antenado no assunto principal de sua fala, que lhe prepare um bom material, de modo que você possa responder a possíveis inferências – positivas ou negativas – do entrevistador é sempre melhor.
Na pauta deve constar, além dos assuntos possivelmente abordados, o nome (e um breve posicionamento) do entrevistador e de seu veículo de comunicação.
O posicionamento editorial é necessário para que se saiba a “temperatura” da conversa. Além disso, na pauta devem constar todos os contatos dos responsáveis pela entrevista.
3) Qual meu público alvo?
Estou falando para Jovens? Adultos? Idosos? Pessoas politicamente engajadas? Empresários? Cientistas? Uma das maiores características da comunicação no século 21, além da interatividade, é a segmentação de conteúdo. Hoje, mais do que antigamente, há programas especialmente feitos (ou em horários especialmente estabelecidos) para determinado grupo de pessoas, e até mesmo grupos sociais distintos. E você precisa atender a essa demanda diferenciadora!
Não se pode falar “juridiquês” em um debate político com o cidadão comum, por exemplo. E não se pode parecer ignorante ao pedir votos a magistrados, concorda?
4) Memorize dados e seja “bom de enquadramento”.
Por fim, nesta primeira etapa, faça questão de memorizar dados importantes, especialmente se o tema for economia, gestão, orçamento, política. Mas não abuse deles. Os dados servem para traçar um “mapa subjetivo” na cabeça de quem escuta, e não para confundir seu público-alvo.
Use expressões corporais e faciais durante a fala, de acordo com o tema. Se o tema é delicado, a voz precisa ser em tom baixo, num volume médio, sem exagero. Se o tema envolve uma conquista, sinta-se à vontade para sorrir. Gesticule, mas não DANCE com as mãos, ok?
Ah, e preste bastante atenção na hora em que não estiver sendo filmado, para não ser flagrado em uma postura/expressão desconfortável ou mesmo vergonhosa (falando, olhando para o lado, mexendo no nariz ou no celular, fazendo caretas, etc).
5) Seja sucinto
Utilize, preferencialmente, frases curtas. Quanto mais você discorrer sobre um tema, mais cansativo fica – em especial na televisão, onde tudo com mais de 30 segundos já é enfadonho. Ademais, isso faz com que o entrevistador tenha mais oportunidade de “levantar a bola” para novas respostas.
Não repita algo, a não ser que o momento realmente precise que você faça uma nova menção ao assunto. Cuidado com os jargões, eles tiram a sua originalidade, criando um personagem “vazio”.
Cuidado com a fala: “eu sempre tenho dito”. Isso faz com que as pessoas pensem que você é uma pessoa que não traz experiências novas para o ambiente.
Demonstre sempre interesse pelo assunto, por mais diversificado, inusitado ou incômodo que seja. Lembre-se do lema: não existe resposta ruim, ruim é não responder.
Evite começar as respostas com as palavras SIM e NÃO. Isso já indica uma clara inclinação sobre determinado assunto. Se você fala SIM sobre um fato, e o nega enquanto explica, você soa incoerente.
Uma regra clássica: nas perguntas, olho no ENTREVISTADOR. Nas respostas, olho no CÂMERA.
E nunca generalize pessoas, atitudes, lugares e ações. Também, óbvio, não seja preconceituoso.
7) Cuidado!
Nem todo colega jornalista é, verdadeiramente, um colega. Então, não deixe que o entrevistador coloque palavras em sua boca.
Não fale sobre o que não domina. Lembre-se: uma boa resposta não precisa ser necessariamente inventar algo. Um simples “desculpe, mas este assunto foge da minha alçada” está de bom tamanho.
Não peça para ler a entrevista ou ver o VT antes de ser divulgado. É deselegante e soa como censura.
Ao ir embora, cuidado com o que fala, porque uma entrevista não acaba quando a “luzinha vermelha” desliga.

ibrassi
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